Foi entre o milho e a lagoa que o "era uma vez" tomou forma.
Nasceu com um príncipe, alguns piratas, uma coca-cola e um carro desgovernado.
Ou seriam um soldado de metal, noites de papo-furado, uma médica chamada Abigail e um abraço tímido entre o "Pink" e o "rosa-bebê"?
Talvez um sanduíche maior que o estômago, balinhas verdes, unhas sujas, um mapa mal feito ou um assento especial fabricado no Acre, não se sabe.
O que os habitantes de toda a Via Láctea souberam é que cresceu e deixou de ser "uma vez".
Transformou-se de repente em "várias vezes", e com o verbo no tempo presente.
E a cada vez um pouco maior, não há dúvida. Tão grande que quando falta (um pouquinho só, que seja) sobra a saudade.
E a saudade é algo em mim assim tão, mas tão chorante que eu volto e releio toda a prosa, sem me importar com o tempo perdido, só para fingir a presença de quem não está.
É esse querer tanto e tão bem, que assim, cedo mesmo, eu chamo de amor.
Amo.