terça-feira, 17 de maio de 2011

Fim de férias

Voltar das férias é quase dolorido. Quebrar aquele rimo lento que a mente e o corpo assumiram de propósito, só para deixar bem claro para o mundo que era hora de relaxar, não é uma das coisas mais animadoras.

Ter que adiar as torradas com manteiga, o chá com lichia, o moleton macio e a música da minha paz, faz com que esse retorno pese um pouco mais do que o devido.

Mas depois de uma longa inspirada no ar frio das seis e meia da manhã, a coragem chega e a brincadeira começa: levanta, procura, dobra, guarda, arruma, passa, veste, espirra, prende, pinta, estica... sorria!

E é só o barulho das rodas sobre o chão xadrez se misturar ao murmurinho e o cheiro do café disfarçar  os mil perfumes, que o olho umidece e meu peito esfria, sorrindo. E é quando ele sorri assim que eu paro um segundo, olho lá dentro e digo a mim mesma: felicidade!